ILHA GRANDE, ILHA-CÁRCERE
Gabriel Passetti
Mestrando em História Social – USP
passetti@
Introdução
Este eçou a ser pensado há um ano e meio, quando realizei uma viagem à Ilha Grande. Naquela oportunidade, visitei os bros do antigo presídio de Dois Rios, que me deixaram impressionado. Algum tempo depois, retornei ao mesmo local e conheci mais profundamente todo o semi-plexo penitenciário, indo também à única galeria que resta do antigo presídio do Lazareto (próximo ao Abraão).
Foi neste momento que decidi escrever um texto sobre este impressionante local. A antiga colônia penal, a vila abandonada, a estrada penosa. Quem tem a oportunidade, deve conhecer estes locais. Vê-los ao vivo será sempre mais enriquecedor do que qualquer descrição.
Procurei material sobre os presídios e sobre a Ilha nas mais diversas bibliotecas de São Paulo e na . E qual não foi meu choque ao descobrir que não há publicação (ao menos em São Paulo) a respeito do presídio?
Por isso, parte deste estudo está baseado nas poucas e contraditórias informações que recolhi na . Para preensão o se deram as relações naquele local, procurei por relatos de ex-detentos. Quatro foram localizados: o clássico Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, Ilha Grande (do jornal de um preso de guerra), de Orígenes Lessa (preso durante a Revolução Constitucionalista de 1932), Exílio na Ilha Grande, de André Torrer (um um, “promovido” a preso político), e poucas páginas de Vida de um revolucionário: memórias, de Agildo Barata.
Este texto é, portanto, fundamentado no relato daqueles que estiveram presos nos dois presídios da Ilha Grande. Não é estranho que todos os relatos foram escritos por presos políticos durante os períodos de ditadura no Brasil: a Ilha Grande tornou-se a masmorra dos ditadores brasileiros.
Vigiar e Punir
É impossível preender o que se passou na Ilha Grande, como que ela foi transformada em masmorra ditatorial, sem o clássico livro Vigiar e Punir: história da violência nas prisões
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